quinta-feira, 18 de junho de 2009

Simples os afins do amor

Existem pessoas que afirmam que não podemos mandar nos nossos sentimentos. Certo ou não, é fato que é perfeitamente possível colocar algumas rédeas. Eu pelo menos penso isso. Todo mundo já teve aquele amor platônico que não pode ser medido ou comparado. Amores platônicos são horríveis, são traumáticos e nos tornam pessoas mais frias. Pelo menos comigo foi assim.

Não guardo rancor ou ódio da mulher, na época uma adolescente, por quem eu me apaixonei mas que não tive seu amor em resposta. Na verdade eu a agradeço profundamente hoje, pois devido ao sofrimento acarretado de suas decisões que afetaram conflituosamente minha adolescência, mas que hoje são curadas, houve um fortalecimento da maneira com que lido dos meus sentimentos. Me sinto mais dono deles hoje do que era há anos atrás.

Acho que seria interessante falar que existe diferença entre gostar e sentir atração. Eu sinto atração por mulheres em todos os lugares. Sinto vontade de agarrá-las pela cintura e beijar-lhes com desejo, mas isso não é amor. Essa é uma sensação maravilhosa alimentada pelo instinto, pela admiração e principalmente pela carne.

Ao contrario de muitas pessoas, eu não acredito na existência de mais de um tipo de amor. Amor pra pessoas da família, amor pra ser amigo, amor pra namorar. Não. Se não existem diferentes formas de ódio por que existiram diferentes formas de amor? Chega a me parecer até hipócrita. A diferença entre o sentimento que você sente pela vizinha que amou desde que tinha oito anos e a sua mãe se resume simplesmente a uma questão de atração sexual. Você se atrai pela vizinha e não pela sua mãe, mas ambas são pessoas importantíssimas as quais você oferece seu amor e são de demasia importância em sua vida. Simples e prático. Não sei por que as pessoas tendem a fazer confusão.

A paixão avassaladora que sentimos por alguém diferente, aquela que tememos e faz com que sintamos aquele frio na boca do estômago, que é perfeitamente controlável se você tem controle sobre si mesmo, principalmente se você teve uma desilusão amorosa durante a adolescência, se diferencia justamente pela primeira palavra deste parágrafo com exceção do artigo definido "a": paixão. Paixão é paixão, não amor. E todos sabemos que paixão é aquela progressão que fazemos de alguém, e quando conhecemos realmente esse alguém a progressão cai, é nessa hora então que avaliamos se o sentimento que restou é o suficiente para seguir com o relacionamento. Esse sentimento é o amor, igual aquele que você tem pela sua família e pelos seus amigos, só que vem acompanhado pelo plus do desejo sexual. O que difere depois o amor que você sente pelo cônjuge, na verdade é a parceria do relacionamento. Atração você continua sentindo por fora. Amor também.

O único problema é quando você se envolve afetivamente com alguém, e então sua resistência cai. Pode ser que você monte suas projeções e se apaixone por esse alguém. Mas e se essa fragilidade lhe tornou suscetível para se apaixonar por outra mulher, que não é essa que está nesse início de relação? Suscetibilidade que leva ao caos. Amor e caos, a dupla dinâmica que termina em um bar com uma garrafa de qualquer coisa com alto teor de álcool. Com a projeção montada você, sinto muito, está apaixonado meu querido, e não vai adiantar tentar ignorar, você perderá as estribeiras e o único jeito de fazer passar é conhecendo essa nova mulher, a conhecendo de verdade.

Você terá duas escolhas: ou termina o relacionamento que engajou e assume que a missão dele foi fazer com que descobrisse essa paixão avassaladora, ou você pode manter isso trancado dentro de você e ficar jogando banco imobiliário com a sua namoradinha enquanto se imagina dentro de uma banheira com a garota da projeção. Muito melhor curtir a água quente tocando a pele, não é? E o que resta depois da ciência da personalidade e de um relacionamento com este outro ser estranho que habita no mesmo planeta que o seu é que dirá o rumo das coisas. Ou pelo menos tentar.

3 comentários:

Mi disse...

podia comentar mtas coisas, mas to com preguiça... e teria q ler denovo, só sei dizer q qnd li, haviam algumas discordâncias(essa palavra existe?o.O) em meu pensamento... qnd eu ler denovo e tal, eu relato ^^

mas mto bom, como já havia dito!!

bos

Jessica. disse...

o betoooo e seus escritos!! adooooooroooo...

nunca tinha pensado desse jeito, e acho q tu tens toda razao! amor so existe um. da mesma forma q so existe um odio! e nada dessa coisa q amo fulando desse jeito e cilano daquele! mto bem relatado!! ;)

inteH mais! bejO

Carolinda disse...

"é perfeitamente controlável se você tem controle sobre si mesmo, principalmente se você teve uma desilusão amorosa durante a adolescência" isso se chama trauma, e medo, não controle sobre si, quando se sente, se sente e não se controla, pode-se evitar, mas o inconsciente tratará de exilar suas catexias.
acho que todo ódio não passa de medo ou inveja. Amor amor, é tudo igual sim e diante disso eu concordo com o que dissestes.